Simpósio Temático 06
GÊNERO, MEMÓRIAS E IDENTIDADES:
HISTÓRIAS DE LUTAS
PROGRAMAÇÃO DO SIMPÓSIO:
Dia 22/11 (Quarta-feira):
1. Mulher em foco: o “não-progresso” do Nordeste no cinema brasileiro
Andreza Lima
Luiza Costa
2. Revistas femininas: uma representação da sociedade?
Gisele Morais
3. Imagens de resistência: a presença feminina nas artes visuais brasileiras
Indiara Launa Teodoro da Silva Lima
4. Uma questão de gênero: as mulheres trabalhadoras rurais e suas organizações na Zona da Mata Sul de Pernambuco
Renata Borba Cahú Siqueira
5. As vítimas do caça às bruxas
Eloisa Gomes Gominho
6. “Da Mulher para a Mulher”: Falando sobre o Divórcio na revista O Cruzeiro. Brasil, anos 50
Zélia de Oliveira Gominho
Dia 23/11 (Quinta-feira):
1. Direitos e emancipação da mulher sob a ótica anticlerical e libertária na Primeira República (1901-1904)
Rose Dayanne Santos de Brito
2. Sob um novo olhar: uma análise das principais perspectivas historiográficas acerca da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino
Emelly Sueny Fekete Facundes
3. Temperatura alta e ânimos exaltados: a repercussão do voto feminino no Rio Grande do Norte na imprensa recifense e de outros estados (1927-1934)
Jessica Tammirys Miranda de Lima Correia
4. Resistir para existir! Movimentos e estratégias feministas em prol da conquista da cidadania política em Recife (1927-1934)
Mirella Tuanny Ferreira Lopes
5. Rádio Clube de Pernambuco: imprensa, sufragismo e o projeto identitário do século XX (1919-1932)
Gilvânia Cândida da Silva
Dia 22/11 (Quarta-feira):
1. Mulher em foco: o “não-progresso” do Nordeste no cinema brasileiro
Andreza Lima
Luiza Costa
2. Revistas femininas: uma representação da sociedade?
Gisele Morais
3. Imagens de resistência: a presença feminina nas artes visuais brasileiras
Indiara Launa Teodoro da Silva Lima
4. Uma questão de gênero: as mulheres trabalhadoras rurais e suas organizações na Zona da Mata Sul de Pernambuco
Renata Borba Cahú Siqueira
5. As vítimas do caça às bruxas
Eloisa Gomes Gominho
6. “Da Mulher para a Mulher”: Falando sobre o Divórcio na revista O Cruzeiro. Brasil, anos 50
Zélia de Oliveira Gominho
Dia 23/11 (Quinta-feira):
1. Direitos e emancipação da mulher sob a ótica anticlerical e libertária na Primeira República (1901-1904)
Rose Dayanne Santos de Brito
2. Sob um novo olhar: uma análise das principais perspectivas historiográficas acerca da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino
Emelly Sueny Fekete Facundes
3. Temperatura alta e ânimos exaltados: a repercussão do voto feminino no Rio Grande do Norte na imprensa recifense e de outros estados (1927-1934)
Jessica Tammirys Miranda de Lima Correia
4. Resistir para existir! Movimentos e estratégias feministas em prol da conquista da cidadania política em Recife (1927-1934)
Mirella Tuanny Ferreira Lopes
5. Rádio Clube de Pernambuco: imprensa, sufragismo e o projeto identitário do século XX (1919-1932)
Gilvânia Cândida da Silva
Coordenadoras: Andréa Bandeira (UPE/Recife) e Zélia Gominho (UPE/Garanhuns).
Ementa: As sociedades se movem no tempo através de uma contínua luta de classes. As classes se estabelecem em espaços de poder, resistem ou se empoderam dos lugares alojados em meio aos conflitos. A conquista desses espaços, politicamente, faz-se sob o discurso do direito e, mormente, é o resultado de ações sucessivas que, à miúde, atravessam gerações e, por isso, exige unidade dos grupos. Tal unidade é passível quando a memória da luta é presente. A historiografia revisionista, particularmente, transforma em narrativa qualificada as memórias, antes, recusadas nas narrativas “oficiais”. As revisões, no campo da história-vista-por-baixo e da biografia do anti-herói evidenciam o papel de marginais, excluídos, subalternos, explorados, desconstroem visões e versões "oficiais" do passado, e subsidiam a defesa de tais grupos em resistência, nas buscas por justiça, até, de existir: ao deslocar o objeto, do sujeito tradicional para o “novo” sujeito, cobra “outras” abordagens, lastradas na pluralidade, incrementando teorias radicadas. Assim, a abordagem de Gênero transversa o Marxismo discernindo o viés da sexualidade política na opressão de grupos e nas formas como esses grupos resistem, resultando positivamente em visões descolonizadas. No campo dos movimentos sociais, urbanos e rurais, historicizar conflitos e resistências é amalgamar identidades de grupos em ação, antes, apenas marcados de memórias, e fortalecer o direito. Ainda, oferecer motivações para persistir na luta por reconhecimento, manutenção e ampliação de justiça. Este simpósio temático se propõe a ser espaço para o debate e a troca de experiências narrativas, a partir de estudos em andamento ou finalizados, resultados em biografias e histórias dos movimentos sociais (1930-1968), bem como, debates historiográficos, a partir da crítica de Gênero e Decolonial.
Bibliografia:
BANDEIRA, Andréa. Mulher, Educação e Política. In: CASTRO, Amanda Motta; MACHADO, Rita de Cássia Fraga (Orgs.). Estudos Feministas, mulheres e educação popular. Curitiba: CRV, 2016, pp. 291-302.
BANDEIRA, Andréa. A testemunha do outro sexo: uma análise de gênero sobre o relato de si em uma experiência de caso. In: CABRAL, George et al. Anais do Seminário Internacional História e Historiografia: A história na encruzilhada dos tempos (online). Recife: UFPE, 2016, pp. 689-696, ISBN 978-85-415-0829-2. Disponível em <https://vsihh.wordpress.com/anais-eletronicos/>. Acessado em 20/09/2017.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. Feminismo e Política: Uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2014.
GOMINHO, Zélia de O. Cidade Vermelha: A Experiência Democrática no Pós-Estado Novo. Recife, 1945-1955. Recife: Programa de Pós-Graduação em História da UFPE, tese de doutorado, 2011.
FERREIRA, Verônica et al (Orgs.). Patriarcado desvendado: teorias de três feministas materialistas. Recife: SOS Corpo, 2014.
MEDEIROS, Luciene. Em briga de marido e mulher, o Estado deve meter a colher: Políticas públicas de enfrentamento à violência doméstica. Rio de Janeiro: PUC-RJ; São Paulo: Reflexão, 2016.
RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas-SP: UNICAMP, 2013.
SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2013.
Ementa: As sociedades se movem no tempo através de uma contínua luta de classes. As classes se estabelecem em espaços de poder, resistem ou se empoderam dos lugares alojados em meio aos conflitos. A conquista desses espaços, politicamente, faz-se sob o discurso do direito e, mormente, é o resultado de ações sucessivas que, à miúde, atravessam gerações e, por isso, exige unidade dos grupos. Tal unidade é passível quando a memória da luta é presente. A historiografia revisionista, particularmente, transforma em narrativa qualificada as memórias, antes, recusadas nas narrativas “oficiais”. As revisões, no campo da história-vista-por-baixo e da biografia do anti-herói evidenciam o papel de marginais, excluídos, subalternos, explorados, desconstroem visões e versões "oficiais" do passado, e subsidiam a defesa de tais grupos em resistência, nas buscas por justiça, até, de existir: ao deslocar o objeto, do sujeito tradicional para o “novo” sujeito, cobra “outras” abordagens, lastradas na pluralidade, incrementando teorias radicadas. Assim, a abordagem de Gênero transversa o Marxismo discernindo o viés da sexualidade política na opressão de grupos e nas formas como esses grupos resistem, resultando positivamente em visões descolonizadas. No campo dos movimentos sociais, urbanos e rurais, historicizar conflitos e resistências é amalgamar identidades de grupos em ação, antes, apenas marcados de memórias, e fortalecer o direito. Ainda, oferecer motivações para persistir na luta por reconhecimento, manutenção e ampliação de justiça. Este simpósio temático se propõe a ser espaço para o debate e a troca de experiências narrativas, a partir de estudos em andamento ou finalizados, resultados em biografias e histórias dos movimentos sociais (1930-1968), bem como, debates historiográficos, a partir da crítica de Gênero e Decolonial.
Bibliografia:
BANDEIRA, Andréa. Mulher, Educação e Política. In: CASTRO, Amanda Motta; MACHADO, Rita de Cássia Fraga (Orgs.). Estudos Feministas, mulheres e educação popular. Curitiba: CRV, 2016, pp. 291-302.
BANDEIRA, Andréa. A testemunha do outro sexo: uma análise de gênero sobre o relato de si em uma experiência de caso. In: CABRAL, George et al. Anais do Seminário Internacional História e Historiografia: A história na encruzilhada dos tempos (online). Recife: UFPE, 2016, pp. 689-696, ISBN 978-85-415-0829-2. Disponível em <https://vsihh.wordpress.com/anais-eletronicos/>. Acessado em 20/09/2017.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. Feminismo e Política: Uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2014.
GOMINHO, Zélia de O. Cidade Vermelha: A Experiência Democrática no Pós-Estado Novo. Recife, 1945-1955. Recife: Programa de Pós-Graduação em História da UFPE, tese de doutorado, 2011.
FERREIRA, Verônica et al (Orgs.). Patriarcado desvendado: teorias de três feministas materialistas. Recife: SOS Corpo, 2014.
MEDEIROS, Luciene. Em briga de marido e mulher, o Estado deve meter a colher: Políticas públicas de enfrentamento à violência doméstica. Rio de Janeiro: PUC-RJ; São Paulo: Reflexão, 2016.
RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas-SP: UNICAMP, 2013.
SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2013.